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IRAS (Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde): o que são, causas e prevenção

17/02/2021
SaúdeBiossegurançaHigienização das mãosIRAS

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) — popularmente conhecidas como infecções hospitalares — são infecções adquiridas durante o cuidado em serviços de saúde, que não estavam presentes nem em incubação no momento da admissão do paciente.
Elas podem surgir após internações, cirurgias, procedimentos ambulatoriais ou cuidados domiciliares, inclusive se manifestando após a alta. Também incluem infecções ocupacionais adquiridas por profissionais de saúde.

Em pacientes vulneráveis, as IRAS podem comprometer seriamente a saúde, embora muitos casos tenham tratamento relativamente simples quando identificados precocemente.

Por que as IRAS acontecem?

Entre as principais causas estão:

  • Falta de higienização das mãos em momentos críticos do cuidado;
  • Uso indiscriminado de antibióticos, favorecendo resistência microbiana;
  • Quebra de protocolos assistenciais e de barreiras de segurança;
  • Contaminações ambientais (superfícies, equipamentos e insumos).

Números globais: a dimensão do problema

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as IRAS figuram entre as maiores causas de morte e de aumento de morbidade em pacientes hospitalizados. Em média, a cada 100 pacientes internados, estima-se que pelo menos 7 em países desenvolvidos e 10 em países em desenvolvimento adquiram IRAS.

  • Europa: ~4 milhões de casos/ano, com cerca de 37 mil mortes e impacto econômico estimado em 7 bilhões de euros.
  • Estados Unidos: ~2 milhões de casos/ano e 80 mil mortes, com custos entre US$ 4,5 e 5,7 bilhões.

Cenário no Brasil

No Brasil, estimativas da OMS indicam que entre 16 e 37 pessoas contraem infecções a cada 1.000 pacientes atendidos.
Dados da ANVISA apontam taxa média de infecção hospitalar de 9%, com letalidade de 14,35%.

A medida mais eficaz: higienização das mãos

A higienização correta das mãos é a ação profilática mais eficiente e consensual para o controle das IRAS nos serviços de saúde. Além de atender às exigências legais dos órgãos reguladores nacionais e internacionais, essa prática:

  • Reduz a transmissão cruzada entre pacientes, profissionais e ambiente;
  • Eleva a qualidade da assistência e da segurança do paciente;
  • Padroniza rotinas conforme protocolos e diretrizes institucionais.

Resultado prático: menos infecções, menos antibióticos, menos tempo de internação e mais segurança para pacientes e equipes.

Conclusão

As IRAS representam um desafio crítico para a segurança do paciente e a sustentabilidade dos serviços de saúde. Cumprir protocolos, higienizar as mãos em todos os momentos-chave do cuidado e respeitar boas práticas clínicas e ambientais salvam vidas e reduzem custos.

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