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MetaHealth: o Potencial do Metaverso na Saúde

04/11/2022
InovaçãoSaúdeTecnologiaMetaversoTransformação Digital

A revolução digital no cuidado à saúde

A relação entre médico e paciente sempre foi o pilar do cuidado em saúde. Com a Transformação Digital, essa relação ganhou novas camadas: surgiram os pacientes digitais, a coleta e análise de dados em tempo real, a telemedicina e, agora, o metaverso.

O termo metaverso combina “meta” (além de) e “verso” (universo), criando um espaço digital paralelo onde pessoas podem viver, interagir e até mesmo receber cuidados médicos. Ao contrário da Internet tradicional, nesse ambiente imersivo utilizamos avatares e tecnologias de Realidade Estendida (XR), que incluem VR (Realidade Virtual), AR (Realidade Aumentada) e MR (Realidade Mista).

O metaverso aplicado à saúde

Em 2021, a canadense Treatment anunciou planos para criar um Metaverso Médico, unindo sua biblioteca global de medicina à Inteligência Artificial (IA). Outras gigantes como Microsoft, Nvidia e Meta também já investem em simulações e ambientes virtuais colaborativos.

De acordo com bases científicas como PubMed e ClinicalTrials.gov, há milhares de estudos em andamento testando VR, AR e MR em condições como:

  • Câncer
  • Dor crônica
  • Ansiedade e depressão
  • Distúrbios neurodegenerativos

Essas pesquisas confirmam o potencial clínico do metaverso na medicina moderna.

Educação e treinamento médico

O metaverso abre novas possibilidades para a formação de profissionais de saúde.

  • No Brasil, a MedRoom usa VR para simulações médicas, como casos de dengue ou evolução de câncer.
  • Na Coreia, a Vulabo treina profissionais com realidade virtual em procedimentos como injeções intravenosas.
  • Empresas como Medtronic e Surgical Theatre já aplicam AR em tempo real para auxiliar neurocirurgias.

O aprendizado prático ganha realismo e segurança, preparando médicos com experiências imersivas.

Saúde mental

A área de saúde mental é uma das mais beneficiadas pelo metaverso.

  • A FDA autorizou em 2020 o EndeavorRx, jogo terapêutico para crianças com TDAH.
  • Em 2021, aprovou o NightWare, dispositivo que reduz distúrbios do sono relacionados a pesadelos e TEPT.

Essas terapias digitais oferecem opções não medicamentosas para transtornos de atenção, ansiedade e estresse.

Tratamento da dor

A VR tem se mostrado eficaz para o tratamento não farmacológico da dor.
Em estudos clínicos, pacientes com dor lombar crônica tiveram alívio significativo ao usar sistemas como o EaseVRx, aprovado pela FDA. A imersão visual e sensorial atua como uma distração, reduzindo a percepção da dor.

Cirurgias com realidade aumentada

Em 2020, neurocirurgiões da Universidade Johns Hopkins realizaram procedimentos pioneiros com AR, projetando imagens anatômicas em tempo real para guiar cirurgias de coluna e remoção de tumores. Resultados positivos reforçam o potencial da tecnologia em ambientes de alta complexidade.

Desafios e futuro

Apesar dos avanços, ainda existem desafios importantes:

  • Privacidade e segurança de dados de saúde
  • Regulação e ética (ANVISA e normas internacionais)
  • Interoperabilidade e cibersegurança
  • Acessibilidade tecnológica

Especialistas como a professora Renata Rothbarth alertam que o uso do metaverso em saúde deve respeitar limites claros de consentimento e regulação.

👉 Assim como discutimos em A importância da higienização das mãos e ambientes, a inovação só faz sentido quando vem acompanhada de responsabilidade e segurança — seja no mundo físico, seja no digital.


Conclusão

O metaverso representa uma nova fronteira para a medicina, ampliando a interação médico-paciente, possibilitando tratamentos inovadores e criando novas formas de educação e cuidado.

Embora os limites ainda estejam sendo traçados, o MetaHealth tem potencial para transformar a saúde, tornando-a mais digital, acessível e personalizada.

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